1. |
Matou a Mãe
02:03
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MATOU A MÃE
(Jonnata Doll)
Ah ele quer se sentir a vontade para fazer piada de preto e gay
Ah ele que sentir a vontade para deixar mulheres em submissão
Ah ele quer comprar um revólver para atirar num pobre no sinal
Aí matou a mãe, a irmã, a avó, a cadela aí
Depois vieram e mataram ele
A sobrevivência dos vaga-lumes
Na ditadura de neon
Queima, queima, queima
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2. |
Edifício Joelma
04:34
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EDIFICIO JOELMA
(Jonnata Doll e Edson Van Gogh)
Não tenho freios no coração, dizem que os velhos afrouxam as rédeas
Dos cavalos, da emoção, me diga, estou livre ou não?
Não quero amar o seu amor e vou voando sobre a calçada
Vendo os mendigos em papelão e as travestis com muitas mãos
Eu caio pela janeeeeeeeeelaaaaaaaaaa: o velho backdoor man
Do edifício Joelma pegando fogo
Não guardo mágoas, eu só magoo e ofereço a minha confusão
De bar em par, estrela cadente até o tempo acabar
Tô no inverno de chinela, fui maltratado no inferno da baixa augusta e na Pain,
Esperando que tragam na para mim
“me dê um beijo de dez centavos, me dê um trago, entregue pro Diabo
Fiquei com aquilo e depois de anos o encanto não se desfaz
Tá na estrada vendendo pão, pedindo grana, passagem de avião?
Me conte mais dos teus amores
Do pau torto que trepou na Amazônia!
Do guitarrista de Flamenco
Me conte mais, tu sabe que eu aguento
Fique comigo, deite comigo
Não volte a mata nesta madrugada”
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3. |
Baby
02:44
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BABY
(Jonnata Doll)
Talvez em outra linha de tempo
Nos dois moremos juntos no centro
Enlaçados vendo filmes no quarto
Ouvindo o rom rom rom do seu gato
E a grana para gente viver
Histórias que eu contei para você
É mesmo! Somos muito dramáticos!
Cigarros não, só baseados!
Correndo sobre a via elevada
De noite ou de madrugada
Beijos entre edifícios e varandas
Cenas de sexo explícito pernas bambas
Talvez eu não tenha superado
E o meu coração inflamado
Está vivendo ainda
O filme que nunca termina
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4. |
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TRABALHO TRABALHO TRABALHO
(Jonnata Doll)
Se mal dizendo, descendo com calor a rua torta
De terno e óculos escuro numa terça escura
Para fugir da massa acotovelante
De pessoas apressadas, sorumbáticas
Cujos telefones são membros ciborgues
Mas antes de entrar na imobiliária, ela PARA no bar… pede mais uma dose
Não gosta do gosto, mas é impossível sóbrio
Entrega o relatório, sem dar pala ao chefe
Mas o pior é a volta para casa de ônibus
Uma luta feroz por espaço
Já não cede lugar a idosos e gestantes
Põe o fone de ouvido e quer voltar para casa
Para assistir uma série, pedir uma pizza
Encher a cara até APAGAR… só acordar na quarta-feira
Trabalho trabalho trabalho
Trabalho trabalho trabalho
Trabalho trabalho trabalho
Trabalho trabalho trabalho
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5. |
Filtra Me
03:57
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FILTRA ME
(Jonnata Doll)
Filtra me amor
Limpa as minhas velas
De barro, cascalho, areia, ferro e pedras
Sou um ruído que sempre sujou a imagem crua que você nunca mostrou
Filtra me amor
Escolhe agora
O teu coração repartiu cheio de razão
Olhos antigos espanhóis
Atores que berram sobre nos
Cidades distantes, um par por instante
Filtra me amor
Me leva ao sonhar
Os pesadelos não estão presos em redes e plumas
Vou te queimar entre meus dedos
Tira essa porra da boca, renova meu ar
Filtra me amor, filtra me amor
Por que não é
Por que não sou
Bom
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6. |
Vale do Anhangabaú
03:26
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VALE DO ANHANGABAÚ
(Jonnata Doll)
É noite de inverno no vale do Anhangabaú
As pessoas cheiram thinner, os nóias procuram no chão
Roberta disse ao Paulo: “Menor vai entregar o oitão”
E eu vi o esqueitista caindo
Se lascar
No rosto dos seus amigos eu vi a morte passar
Devagar… A Polícia roda
Devagar… Melhor eu esperar
A menina voltar
Trazendo o chá
Embaixo das luzes vermelhas eu vi uma menina linda
Rodando uma garrafa de vodca, segurando um fanzine anarquista
E um velho mijado dizia uma profecia
Que no futuro próximo o vale receberia
Alienígenas
Queima papel no balde, vende chá
Na noite de inverno no vale do Anhangabaú.
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7. |
Vai-Vai
03:09
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VAI VAI
(Jonnata Doll)
Você se lembra daquele gato preto?
Daquele sonho dos mil gatos
Quando os gatos tomavam o mundo
E os homens eram como os ratos
Eu ando a esmo pela cidade, escuto o que diz aquela menina e nos tornamos a paisagem
A menina se casou
A música não tocou
Eu sou um galho que cresce com o cheiro
Se enroscando pelo seu joelho
Amigos velhos me parecem doidos
Talvez eu pareça para eles também
Ou amoleci
É noite na ocupa, eu filo um cigarro, me dá um abraço que eu vou na vai vai.
É noite na ocupa, eu filo um abraço, me dá um cigarro que eu vou na vai vai.
Sai verdade, a verdade sai quando eu falo demais depois que eu fui na vai vai.
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8. |
Derby
03:19
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DERBY AZUL
(Jonnata Doll)
“Feliz daquele que no livro da alma não tem folha escrita, saudade amarga…” *
Culpa, nostalgia.
Esquecer é soltar
Feliz daquele que não sentou com um anjo na beira de um buraco
Com criança olhando, lixo e palha queimando ao luar
As vezes não valho um derby azul, café com açúcar se a vida é amarga
Rede na janela para o gato não voar
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9. |
Volume Morto
02:00
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VOLUME MORTO
(letra: Jonnata Doll/ música: Biagio Pecoreli e Jonnata Doll)
Andando pelas ruas do centro, curto a cidade sem ela notar, pensando em outros tempos, aqui
neste mesmo lugar
Aonde está o Bob Cuspe para nessas panelas escarrar
E os piratas do tietê para os coxinhas atacar e pilhar?
As Rebordosas estão caretas, com as calcinhas estampando a bandeira
Ontem puderam s vestir de nazista e desfilar pela Paulista
E ainda existe guerra de classes, rolando enquanto se fuma crack
Embaixo desse asfalto quente há um rio que leva pro mar a liberdade que escorre daqui, só vão
restar sementes ruins
Volume morto volume morto
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10. |
Música de Caps
03:37
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MÚSICA DE CAPS
(Jonnata Doll)
Ele cruzou a sala em um passo alérgico
Muitas internações definiram seu corte
Ele me mostra canções em que a agradece a mãe
Sinceramente, por ter posto para fora
E ele só é fiel a seu coração
Deixou filho e mulher
Pois não tavam mais lá
E as leis desse mundo: Aleatórios fantasmas
Que só ganham carne se você crer
E eu quero te dar mais um motivo
Para brilhar um pouco comigo
Na noite da América
Do Sul
Posso falar das formigas
Que caminham nos fios e que se fossem maiores acabava o mundo
Dos manemagos presos em barbantes
Que eu tenho pena caso morrer
Posso falar das mulheres
Como se fosse uma chuva e eu fosse um vício como um passarinho
Sou um vagalume de um rock latino
Falando do inferno como se fosse um grilo
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Jonnata Doll e Os Garotos Solventes Fortaleza, Brazil
Banda de rock de Fortaleza que reflete a cidade pelo olhar de um cara suburbano que acha que a vida dos esquecidos tem
potencial para uma história incrível.
Fortaleza rock band that reflects the city through the look of a suburban guy who thinks the lives of the forgotten have the potential for an amazing story.
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